Pois bem, em 1974 nascia o Museu Casa Guimarães Rosa, o nome é ao fato do autor ter nascido e vivido ali, desde seu nascimento, até ir para Belo Horizonte estudar, viveu entre 1908 e 1917! Ali também, era onde seu pai tinha a venda, que é lindamente reproduzida pelo Museu até os dias hoje.
Morando em Cordisburgo, que o autor já demonstrava afeto pela literatura, e aos 7 anos, de maneira autoditada, iniciou seus estudos em Francês, e aos nove, quando foi para Belo Horizonte estudar, já era conhecedor do idioma!
Primogênito, era a grande esperança do pai, Florduardo Pinto Rosa, para assumir os negócios da família, um armazém em Cordisburgo, interior de Minas Gerais. Vendia principalmente arroz e feijão a aguardente e querosene.
Ainda jovem, o autor ia muito com o pai a Paraopeba, onde a família tinha alguns parentes, propriedades e era muito frequente as viagens a cavalo, não sendo incomum, a viagem com pequeno grupos de animais. Sr Fulô, como era conhecido, também era Dono de uma coleção de espingardas e regularmente saía para caçadas.
Ele, que além de comerciante, havia sido vereador e juiz de paz, celebrou casamentos e mediou conflitos. Mas o que fazia brilhar os olhos do autor era o avô, Luis Guimarães, médico e escritor! O jovem João passou a mirar a figura erudita do avô e se afastou da trajetória do pai, matuto e contador de histórias, indo morar com o avô aos 9 anos.
Sempre em contato com o pai, que continuou a inspirar o filho, as cartas do pai eram sempre aguardadas pela família, e motivo de boas lembranças. O pai, e suas histórias, vividas e ouvidas, nesta casa, o não, que hoje é sede de museu, foi verdadeiramente uma das principais inspirações do autor.
É isso, trazendo a história real, do início da jornada do autor, de um lugar físico, hoje um Museu muito bem cuidado, partindo de histórias reais e contadas, pelo pais e outros visitantes, moradores, que vamos começar a refazer os passos do autor até o imaginário Grande Sertão: Veredas. Que em 1989, ganhou vida, como o maior parque nacional de preservação do cerrado, atualmente, com seus mais de 200 mil hectares.